No período de 20 a 24 de novembro, a Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Educação, promove a Semana da Consciência Negra, uma programação especial alusiva ao Dia Nacional da Consciência Negra, com objetivo de promover a reflexão sobre fatores sociais como diversidade, preconceito e discriminação racial.
O Dia Nacional da Consciência Negra foi instituído pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Celebrada em 20 de novembro, a data foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse dia, em 1695, em reconhecimento à sua luta pela liberdade dos escravizados. O Dia Nacional da Consciência Negra também visa promover uma agenda de ações em prol de uma sociedade mais justa e livre de preconceitos.
Alinhado com esses objetivos, a Semana da Consciência Negra faz parte da Agenda Pedagógica de 2023 do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros. “A proposta é que todas as unidades educacionais desenvolvam, nesse período, atividades alusivas a essa temática, buscando envolver a equipe pedagógica, psicólogos, assistentes sociais, estudantes e toda a comunidade escolar”, explica Meirielle Duarte Pereira, coordenadora de Educação Inclusiva da SME.
Dentre as atividades a serem trabalhadas nas escolas durante a Semana estão o estudo de músicas e mostra cultural de cartazes com recorte, pintura e colagem de fotos de revistas que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do negro; leitura e análise de reportagens jornalísticas e textos da atualidade que tratam sobre o tema e apresentações de capoeira e rodas de samba.
Também estão programadas atividades literárias, com leitura e análise de artigos do livro "Declaração Universal dos Direitos humanos", adaptação de Ruth Rocha e Otavio Roth, "Menina bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado, "Cabeça de Negro", de Paulo Francis, e "Carol Cabelos de Caracol", de Marismar Borém, clássicos da literatura que abordam temas ligados ao respeito e à valorização da diferença, além de contribuir para o combate ao racismo na infância, e que estão disponíveis na biblioteca das escolas municipais. Também serão feitas ilustrações dos trabalhos "Menina com tranças e laços", de Cândido Portinari, fazendo uma analogia com os livros.
A programação também inclui a verificação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por meio do mapa-múndi, oficinas de produção de máscaras africanas e de tabuleiro de Kalah, um jogo que veio da África e que simula o plantio de sementes, desenvolvendo a atenção e a concentração da criança, confecção de mini-dicionário ilustrado de palavras de origem africana, e realização de oficinas sobre a culinária de origem africana.
Segundo Meirielle Duarte Pereira, a programação é aberta e cada unidade escolar poderá utilizar recursos e a criatividade para o desenvolvimento das atividades. “O importante é que essas atividades possam trabalhar o cognitivo das crianças, através de dinâmicas, teatros, músicas e leituras, de forma que elas possam compreender e rejeitar o racismo e a discriminação, desde a pré-escola, pois assim estarão mais preparadas para viver em sociedade”, conclui.
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