Imagem de destaque “Em briga de marido e mulher, se mete a colher sim!” -  Prefeitura promove debate sobre violência contra a mulher

“Em briga de marido e mulher, se mete a colher sim!” - Prefeitura promove debate sobre violência contra a mulher

03/09/2018 - 16:31 | atualizado em 03/09/2018 - 17:22
ASCOM | Direção: Mateus Maia | Texto: Hélder Mauricio | Fotos: Daniel Moraes

A Prefeitura de Montes Claros promoveu nesta sexta-feira, 31 de agosto, uma mesa redonda com o tema "Lei Maria da Penha: Em briga de marido e mulher, se mete a colher sim!". O evento fez alusão aos 12 anos de criação da Lei Maria da Penha e teve como objetivo levantar uma reflexão sobre o feminicídio e os diferentes tipos de violência contra a mulher, assim como discutir formas de combater o problema.  

Participaram da mesa redonda a delegada da Mulher de Montes Claros, Karine Aparecida Maia Costa de Faria, o capitão PM da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, Antônio Soares Alkimim Júnior, e a professora e psicóloga Leila Gusmão.


Segundo a delegada Karine, é preciso uma ação mais efetiva por parte das autoridades para combater a violência contra a mulher. Para ela, é necessário que toda a sociedade esteja envolvida nesse propósito.  Karine também destacou a importância de se dedicar atenção especial às vítimas, “trabalhar a autoestima delas, tratando seus medos e suas angústias, para que elas possam seguir suas vidas tranquilas”.


A Prefeitura de Montes Claros mantém um serviço específico de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, a Casa Esperança. A entidade oferece a elas apoio psicossocial e proteção contra os agressores.


LEI MARIA DA PENHA - A Lei 11.340 foi sancionada no dia 7 de agosto de 2006 com o objetivo de coibir a violência doméstica e familiar no país. A legislação foi batizada em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha, que ficou paraplégica após levar um tiro do marido, pai de suas três filhas, em sua segunda tentativa de homicídio contra ela, em 1983.


A história de Maria da Penha ganhou repercussão internacional quando ela acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em busca de uma solução, após aguardar a Justiça brasileira por 15 anos. O caso mostrou a fragilidade enfrentada pelas brasileiras que eram vítimas de violência e não eram acolhidas pelo Estado. (Agência Brasil)