A Prefeitura de Montes Claros, através da Gerência de Vigilância Sanitária, participou da operação “Carne Segura”, realizada pelo Ministério Público Estadual e que apreendeu 1.315 kg de carne suspeita de ter origem em abatedouros não fiscalizados por autoridades sanitárias. A operação foi deflagrada na segunda-feira, 24, em seis açougues da cidade e contou com o apoio da Polícia Militar. Em dois deles foram constatadas as irregularidades.
Segundo Sinvaldo Pereira da Silva, gerente da Vigilância Sanitária Municipal, a operação é resultado do I Simpósio de Avaliação da Carne em Montes Claros, que teve como foco combater a comercialização da carne clandestina na cidade. Os dados apresentados no Simpósio levaram o Ministério Público a solicitar ao Instituto Mineiro de Agropecuária uma fiscalização nos abatedouros da cidade.
Sinvaldo destaca que a operação será estendida a diversos estabelecimentos. “Nas próximas fases da operação, novos açougues e supermercados vão ser fiscalizados”, afirma.
Ainda segundo o gerente, o produto apreendido não tinha certificação sanitária e a suspeita é a de que era originário de abatedouros clandestinos. “A fiscalização consistiu em solicitar a Nota Fiscal do produto e verificar o selo de inspeção. E, como o estabelecimento não possuía a documentação, foi constatado que a carne é clandestina”, frisou.
Sinvaldo enfatizou ainda que outro detalhe observado foi a questão do armazenamento e acondicionamento dos produtos, já que o material apreendido não atendia as características originais exigidas. “Observamos também que em um açougue foram encontradas carnes com indício de cortes de machado na estrutura óssea. Isso configura carne oriunda de abates clandestinos. Todo o material apreendido foi imediatamente descartado no Aterro Viasolo, porque não existe a possibilidade de carnes nestas condições serem consideradas próprias para o consumo”, explica.
Em nota, o Ministério Público e os órgãos de fiscalização conclamaram para que a população se conscientize sobre os perigos relacionados ao consumo de carne de origem clandestina e que procure estabelecimentos que revendem carne inspecionada. “O comércio de carne sem prévia inspeção sanitária coloca em risco a saúde da população, expondo o consumidor a uma série de doenças, como infecções alimentares e zoonoses”, afirma a nota, acrescentando que quem vende produtos sem condições para consumo pratica crime contra as relações de consumo, com pena de 2 a 5 anos de detenção, ou multa.
A operação contou ainda com o apoio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Receita Estadual e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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