Imagem de destaque Montes Claros reverencia os 100 anos da Semana de Arte Moderna

Montes Claros reverencia os 100 anos da Semana de Arte Moderna

21/02/2022 - 16:25
ASCOM | Texto: Daniel Moraes | Fotos: Silvana Mameluque | Secretário de Comunicação: Alessandro Freire

Apelidada de "Cidade da Arte e da Cultura", Montes Claros não poderia deixar de celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, evento que sacudiu as estruturas da cultura nacional, rompendo com movimentos passados e consolidando o Modernismo nacional, tendo sido promovida na cidade de São Paulo por um grupo de consagrados artistas brasileiros, que incluía Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida e Di Cavalcanti.

A programação começou na quinta, 17, no Corredor Cultural (centro histórico da cidade), com o lançamento do livro Uma Tristeza Mineira numa Capa de Garoa - Agenor Barbosa: um poeta mineiro na Semana de Arte Moderna, de Ivana Ferrante Rebello e Fabiano Lopes de Paula, a partir das 20 horas. O livro aborda a vida do poeta Agenor Barbosa, nascido em Montes Claros em 1896 e que participou da Semana de Arte Moderna, tendo sido inclusivo "o único participante aplaudido pelo público, que vaiara Manuel Bandeira, Villa-Lobos, Mário de Andrade e outros famanazes das artes", conforme relato de Haroldo Lívio.

Na sexta-feira, 18, foi feita a abertura, na Galeria Godofredo Guedes do Centro Cultural Hermes de Paula, da Exposição Comemorativa "100 Anos da Semana de Arte Moderna", com curadoria da Associação dos Artistas Plásticos de Montes Claros. A exposição vai durar até 13 de março e é aberta à visitação pública, trazendo obras de 36 artistas do Norte de Minas. Escolas interessadas em organizar excursões para a exposição podem entrar em contato com o Centro Cultural pelo telefone (38) 2211-3800. "A exposição comemorativa do Centenário da Semana de Arte Moderna coloca em cena grandes nomes das artes plásticas da cidade. Fugindo do academicismo e das influências europeias, a Semana de 22 foi um convite à expressão livre da cultura brasileira, que incluiu o seu povo, suas cores, sua efervescência, suas referências. Quase um grito de liberdade, convidando a todos para expressar a sua brasilidade. Cem anos depois nós referenciamos esse movimento, entendendo que tudo que existe hoje é fruto desses dias. Arte moderna, contemporânea,  vibrante, madura, genuinamente brasileira, onde podemos ver quem somos", explica Júnia Rebello,  diretora de projetos da Secretaria de Cultura.

Já no sábado, 19, foi realizada uma Leitura Dramática Encenada do livro Tarsila, de Maria Adelaide Amaral, obra biográfica sobre Tarsila do Amaral, uma das principais artistas modernistas da América Latina. A apresentação foi no Auditório Cândido Canela, do Centro Cultural, com entrada gratuita. A Leitura contou com as atuações de Mírian Walderez (interpretando Tarsila), Dóris Araújo (Anita Malfatti), Nelson Bam Bam Junior (Oswald de Andrade), Aroldo Pereira (Mário de Andrade) e André Freitas. A direção foi de Nelson Bam Bam Junior. "Foi uma grande visita à vida dos artistas que criaram o movimento, revivendo aquele momento tão empolgante e que repercute ainda hoje, cem anos depois. Tudo ainda repercute com os momentos atuais", destacou Aroldo Pereira, agitador cultural, servidor da Prefeitura e o "Mário de Andrade" da encenação.