Quando uma família traz dentro de seu DNA o talento, essa qualidade acaba passando de geração a geração. Konstantin Christoff é um exemplo disso. Filho de Christoff Raeff, ele nasceu na Bulgária, em 1923 (neste ano comemora-se o centenário do artista). Ainda menino, aos nove anos, migrou para o Brasil e fixou residência em Montes Claros, juntamente com o pai, mãe e irmão.
De acordo com o site “Guia das Artes”, quando adolescente, Konstantin interessou-se pelo desenho de humor e pelas histórias em quadrinhos. Na década de 40, mudou-se para Belo Horizonte onde cursou Medicina, na Universidade de Minas Gerais.
Após o retorno a Montes Claros, já diplomado em Medicina, ele atuou na Santa Casa como cirurgião geral e, depois, como cirurgião plástico respeitado pelo trabalho inovador, competente e ousado para o seu tempo.
Ao mesmo tempo em que ele trabalhava como médico, ele se dedicou à pintura. Fez retratos, paisagens, naturezas mortas. Desenhava obsessivamente, ilustrando e publicando livros numerosos na Imprensa brasileira, inclusive nas famosas revistas “Careta”, do Rio de Janeiro, “Edição Extra” de São Paulo e Playboy. Nessa revista, Konstantin teve a oportunidade de mostrar os encantos da mulher nua numa exposição individual: “Nus – Estudos para a Viúva do Grande Homem”, em uma galeria em Belo Horizonte.
Iniciou, no início da década de 80, uma série de autorretratos que chamou a atenção da crítica de arte brasileira. Organizou uma exposição itinerante. A atração percorreu importantes espaços culturais de vários estados brasileiros, tornando-o nacionalmente conhecido. Produziu as séries: “Via Sacra”, “Viagem à América” e “Os Oito Pecados Capitais”. Em 21 de março de 2011, Konstantin Christoff, morreu aos 87 anos de idade, em Montes Claros. E, como acontece em sua família durante duas gerações, seu talento foi transferido para seu filho, Igor Christoff, que hoje também se tornou um afamado artista plástico.
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