Imagem de destaque Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico exalta a importância de Montes Claros para o cenário cultural da região

Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico exalta a importância de Montes Claros para o cenário cultural da região

26/08/2021 - 17:15
ASCOM | Texto: Secretaria de Cultura | Fotos: Silvana Mameluque | Secretário de Comunicação: Alessandro Freire

O presidente do IEPHA, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Minas Gerais, esteve em Montes Claros nesta quarta-feira, 25. Felipe Cardoso Vale Pires foi empossado há 4 meses na presidência do órgão e inicia um processo de descentralização proposto pela Secretaria Estadual de Cultura, fazendo incursões pelo Centro-oeste mineiro, Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. Segundo Felipe, essas regiões possuem poucos bens protegidos pelo Estado e é intenção do IEPHA preencher essas lacunas, propondo ações de proteção ao patrimônio material e imaterial.

A convite da Prefeitura de Montes Claros, o presidente do IEPHA visitou os bens tombados da cidade e se reuniu com diversos dirigentes de entidades ligadas ao patrimônio local, conhecendo de perto os programas e as ações desenvolvidas no Município para a proteção patrimonial. “Existem elementos nesta região que têm grande valor, não só para as cidades, mas também para a região, situação à qual o IEPHA deseja dar uma atenção especial”, ressaltou.  “São detalhes arquitetônicos, remanescentes do barroco mineiro, elementos de arquitetura de outros momentos históricos, como art decó, protomodernismo, e alguns elementos do eclético. Mas o que de fato a região tem de especial são as suas expressões culturais, as festividades, as congadas, que têm um caráter próprio”, acrescentou. 

Pires ainda destacou a importância da cidade de Montes Claros: “uma condição interessante é que Montes Claros é um polo regional, uma cidade agregadora, que representa não só a si mesma, mas a cultura de um povo que se intitula cultura catrumana. Portanto, a presença em Montes Claros não é só a presença no município, mas sim uma presença no Norte de Minas”. 

“Eu saí de Montes Claros há quase 20 anos, pra rodar o mundo e conhecer outras culturas, outros lugares e estudar. Hoje eu volto a Montes Claros com outra visão. Existe aqui, pra além das questões da contemporaneidade, uma história que está muito mais bem contada através dos casarões, das festividades, onde tudo isso está sendo bem registrado. É um momento em que Montes Claros pode olhar pra si com orgulho e se reconhecer como uma cidade que tem identidade, já não mais simplesmente um posto de parada dos tropeiros, mas que se desenvolveu, cresceu, e ganhou prédios. Montes Claros é agora uma cidade que tem história, pois hoje ela tem seus casarões, suas festividades, tem sua comida, que é indiscutivelmente especial, e tudo isso tem que ser reconhecido, não só pelo montes-clarense, mas pelo povo mineiro como um todo”, concluiu o presidente.